terça-feira, 31 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 12.1 - Listas e legenda em desenhos de conjuntos mecânicos

LISTAS E LEGENDA
Na legenda do desenho, deve conter em algum campo a informação de que se trata de um desenho de conjunto. 
Também é necessária uma lista de peças que contenha um número que identifique cada peça, ou item. Assim como, a descrição, a quantidade, o material e, se for possível, as dimensões da matéria-prima e o peso.
Em algumas situações, para se ter maior controle das alterações, pode-se utilizar uma lista de revisões, que deverá ser atualizada a cada revisão contendo as informações do que foi alterado.

Os desenhos de conjunto mecânico contêm informações que são referentes à montagem, por exemplo: a forma de montagem entre as diversas peças; a posição que elas ocupam no mecanismo; dimensões entre uma peça e outra e os os elementos de máquina, como rolamentos e parafusos, e a identificação de cada item.
Na na legenda do desenho, deve conter em algum campo a informação de que se trata de um desenho de conjunto. Também é necessária uma lista de peças que contenha um número que identifique cada peça, ou item. Assim como, a descrição, a quantidade, o material e, se for possível, as dimensões da matéria-prima e o peso. Além disso, as informações mostram todas as peças, tanto internamente como externamente, usando corte e detalhes quanto forem necessários. 

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 30 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 12 - Desenho de conjuntos mecânicos

DESENHOS DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Figura 01 - Detalhes do eixo.
Na mecânica, os equipamentos, ferramentas, dispositivos e maquinários do dia a dia, em sua maior parte, também são conjuntos. Para fabricar cada componente de um conjunto, é necessário especificar cada um representando suas características por meio de desenho técnico.
Para realizar o desenho de um conjunto mecânico, é necessária uma boa compreensão de todos os elementos que o compõem.

No desenho da figura 01, é possível ver o detalhamento de um eixo, onde constam informações como: características geométricas, dimensões, tolerâncias dimensionais e geométricas e acabamento superficial.

Já no desenho da figura 02, vemos a representação da montagem do dispositivo, onde o eixo será montado e, além dele, são representados diversos componentes, como: porcas, parafusos, rolamentos e outras peças.
Figura 02 - Conjunto mecânico.

No entanto, essas informações são referentes à montagem, como por exemplo:

  • A forma de montagem entre as diversas peças;
  • A posição que elas ocupam no mecanismo;
  • Dimensões entre uma peça e outra;
  • Os elementos de máquina, como rolamentos e parafusos, e a identificação de cada item. 


Além disso, as informações mostram todas as peças, tanto internamente como externamente, usando cortes e detalhes quanto forem necessários.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quinta-feira, 26 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.3 - Detalhe ampliado



A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo.
Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.
DETALHE AMPLIADO 
Quando existe a necessidade de detalhar uma região do desenho que é muito pequena para a escala atual do desenho, podemos usar o recurso de ampliação. 
Na região onde queremos ampliar, fazemos um círculo e tudo o que estiver dentro do círculo pode ser desenhado em outro lugar em escala ampliada, viabilizando o detalhamento da peça. 
É importante haver uma identificação, normalmente uma letra maiúscula, tanto na região destacada, como nesta vista de detalhe ampliado. No detalhe ampliado deve ser inserida a escala.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.2 - Vistas auxiliares

A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo. Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.

VISTAS AUXILIARES
Quando temos em uma peça, detalhes que não são bem representados em nenhuma das vistas convencionais, utilizamos o recurso das vistas auxiliares, que é uma vista feita no plano do detalhe da peça para melhor demonstrá-lo. 
Nesta peça que tem um formato oblíquo, a representação do detalhe da peça nas projeções ortogonais normais não ficaria clara, pois parte da peça iria se sobrepor a outras partes da peça.  Observe uma sugestão de vista auxiliar, para melhorar o detalhamento desta peça na figura 01. Com a projeção de um plano auxiliar, o detalhe que se faz necessário pode ser visto de forma simples. Nessa vista auxiliar o detalhe da peça não aparece totalmente pois na norma NBR 10067/1995, no tópico 4.6.2 Vistas Auxiliar, deixa bem claro que a vista do plano auxiliar pode ser representada de forma parcial para melhorar a interpretação.

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terça-feira, 24 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.1 - Supressão de vistas


Em uma peça pode haver tantos detalhes, que um desenho apenas com a vista frontal não seria suficiente para mostrar e possibilitar a fabricação da peça por completo, a exemplo da bomba que vemos na imagem. Observe que somente uma vista não é o suficiente para representar todos os seus detalhes.
Então, muitas vezes são necessárias muitas vistas e um desenho em formato muito grande, para que todas as vistas com detalhes e informações da peça sejam transmitidas.
Quando vamos criar um desenho mecânico, o mais importante é que as informações estejam claras e objetivas e que a pessoa que vai usar o desenho para fabricar, ou consultar, encontre todas as informações de forma prática. 
Normalmente, a vista mais importante de uma peça é usada como vista frontal ou principal no desenho técnico. Ela quase sempre é a que possui maior superfície ou a que representa a peça em sua posição de utilização. Também é bastante comum empregar as vistas superior e lateral esquerda para representarem todas as características de uma peça.
Para dar suporte e regulamentar a elaboração de desenhos técnicos, existem normas que definem regras para que as informações sejam confeccionadas com clareza.  
A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo.
Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.

SUPRESSÃO DE VISTAS
Supressão de vistas pode ocorrer quando uma vista está repetida devido à simetria, como ocorre, por exemplo, em peças cilíndricas ou quando a vista não é necessária para a compreensão do desenho técnico.
Observe uma peça em perspectiva isométrica. 
Agora, observe essa peça representada com as vistas para atender à norma NBR 10067/1995, devemos suprimir algumas vistas. A norma sugere que as vistas com linhas tracejadas devem ser evitadas. Desta forma, observe que todas elas foram retiradas do desenho seguinte:
Nesta mesma norma, no tópico 4.6.1 Vista Fora de Posição, é apresentada a possibilidade de alterar o posicionamento das projeções para melhorar a apresentação do desenho. Para isso, basta identificar com uma seta a vista que teve sua posição modificada. Veja a seguir como ficou a representação desta peça.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 23 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11 - Projeção ortogonal e construção de vistas

Figura 01 - Simbolo para projeção no primeiro diedro.
A representação de peças em perspectiva nem sempre é suficientemente clara em todos os detalhes para a fabricação do objeto. Nesses casos então tem que ser representada de forma diferente: “a Projeção Ortogonal”.
Existem quatro diedros. Eles são classificados como primeiro, segundo, terceiro e quarto diedro, sendo que cada um transmite projeções ortográficas de formas diferentes. A projeção no primeiro diedro é o mais comum no Brasil.
Um desenho em primeiro diedro deve especificar em sua legenda o símbolo adequado para esse método de projeção conforme figura 01.

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção.
Figura 02 - Projeções no primeiro diedro.
A projeção que aparece no plano 1 (Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada de vista de frente. Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:

  • Plano 1 – Vista Frontal – mostra a projeção frontal do objeto.
  • Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.
  • Plano 3 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.
  • Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.
  • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.
  • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

Figura 03 - Objeto e projeções
Normalmente, a vista mais importante de uma peça é usada como vista frontal ou principal no desenho técnico. Ela quase sempre é a que possui maior superfície ou a que representa a peça em sua posição de utilização. Também é bastante comum empregar as vistas superior e lateral esquerda para representarem todas as características de uma peça.

Na Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), os raios projetantes são perpendiculares ao plano de projeção e atingem o plano de projeção formando a projeção resultante.
Para a perfeita representação do objeto são normalmente utilizadas três vistas ortográfica, que geralmente garantem a representação do objeto, estas três vistas são denominadas: VF - Vista frontal, VLE - vista lateral esquerda e VS - vista superior.
Figura 04 - Projeçoes.
Como os raios projetantes, em relação ao plano de projeção, são paralelos e perpendiculares, a projeção resultante representa a forma e a verdadeira grandeza do retângulo projetado.
As arestas resultantes das interseções de superfícies são representadas por linhas. 
Como os sólidos são constituídos de várias superfícies, as projeções ortogonais são utilizadas para representar as formas tridimensionais através de figuras planas.
O objeto deve ser colocado de tal forma que sua vista principal passe a ser a vista frontal.

A figura 03 mostra um objeto suspenso no espaço cujas sombras são projetadas em três planos posicionados como se fosse o canto formado por duas paredes e o chão.
A figura 04 mostra a mesma projeção como se os planos fossem colocados um ao lado do outro.
Na projeção do 1º diedro, uma vista frontal fica no centro; uma vista superior fica abaixo da vista frontal; uma vista lateral esquerda fica à direita da vista frontal; uma vista lateral direita fica à esquerda da vista frontal; e vista inferior fica acima da vista frontal e vista posterior fica à direita da vista lateral esquerda.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/07/2015

segunda-feira, 16 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 10 - Perspectiva Isométrica

Figura 01 - Perspectiva isométrica e peça.
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois transmite a ideia de três dimensões: comprimento, largura e altura. O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia de profundidade e relevo.
A perspectiva é um recurso gráfico usado também para representar, de forma tridimensional, cenas e objetos do dia a dia. Esta técnica consegue atribuir a um desenho características como volume e profundidade.
Quando utilizamos a perspectiva em desenho mecânico, o objetivo é fazer com que o observador entenda o modelo, para que tenha uma ideia mais próxima do objeto real. Veja as figuras a seguir e compare o desenho feito em perspectiva e a peça real ao seu lado na figura 01.
Ela pode ser feita de várias maneiras, com resultados diferentes, que se assemelham mais ou menos à visão humana.

Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que objeto se situa num sistema de três eixos coordenados (X, Y, Z). Estes eixos, quando em perspectiva, fazem entre si ângulos de 120°.
Por razões práticas costuma-se utilizar, na construção das perspectivas, o prolongamento dos eixos X e Y a partir do ponto O, no sentido contrário, formando ângulos de 30° com a horizontal, enquanto o eixo Z (vertical) permanece inalterado.
Na perspectiva Isométrica existe proporcionalidade entre as partes do desenho, o que faz com que o grau de distorção visual seja menor.
Para auxiliar na elaboração de um desenho de uma vista isométrica, pode-se utilizar o papel reticulado com malha isométrica.
A malha isométrica é um artifício de desenho cuja finalidade é possibilitar a produção de rascunhos gráficos muito próximos da perspectiva isométrica precisa (feita com instrumentos).

Acompanhe a construção da perspectiva isométrica do seguinte objeto, feita passo a passo:
1 - Traçar os eixos isométricos com o uso dos instrumentos;
2 - Usar os eixos isométricos para marcação das dimensões gerais do objeto (comprimento, largura e altura);
3 - Por meio de retas paralelas aos eixos (traçadas com os esquadros apoiados na régua paralela) fechar volume do objeto;
4 - Usar os eixos isométricos para marcação das dimensões parciais do  objeto;
5 - Por meio de retas paralelas aos eixos completar o volume do objeto;
6 - Reforçar os traços que formam as arestas do objeto de forma que as linhas construtivas fiquem em segundo plano.
Assim, com a combinação e auxílio de instrumentos de desenho, como régua, esquadros e compasso, podemos representar os diversos tipos de objetos em perspectiva com muita facilidade. Confira de que forma assistindo ao vídeo acima.

Há diversas folhas de desenho com margem, legenda e linhas reticulada no tamanho A2, A3, e A4 para uso em aulas nos links: 10_03_01 Folha A4 com margem, legenda e reticulado22_03_01 Folha A4 com margem, legenda e linhas isométricas ; para utilização nas aulas de desenho de perspectiva isométrica.

© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/07/2015

quinta-feira, 12 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.3 - Representação de Ruptura

RUPTURA
Quando se tem peças de grandes dimensões, para melhor aproveitamento do espaço e tempo, pode-se fazer uma representação simplificada da peça empregando a ruptura, que consiste em criar uma “quebra” imaginária na peça e aproximar suas extremidades, mantendo suas dimensões em verdadeira grandeza, ou seja, as medidas se mantêm originais.
Esta técnica de representação de corte é chamada de ruptura. Veja alguns exemplos:

Para elaborar os desenhos das peças de um conjunto de transmissão, é necessário fazer os desenhos das peças que não são comerciais, por exemplo, os eixos. Um recurso que pode ser utilizado para representar eixos longos é a omissão de corte. O recurso para representar eixos longos é a ruptura.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quarta-feira, 11 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.2 - Omissão de corte

OMISSÃO DE CORTE
Figura 01 - Polia maciça e com braço.
Alguns objetos, ao serem representados por desenho técnico, podem ter alguns dos seus detalhes suprimidos. Vamos ver alguns desses objetos e o porquê da omissão de corte.

As representações gráficas dos desenhos técnicos seguem normas específicas. Veja a seguir as condições específicas de omissão de corte estabelecidas pela norma: NBR10.067.

Figura 02 - Erro pois as polias ficaram
iguais, sem omissão de corte
As engrenagens são elementos de transmissão dotados de dentes e podem ter o corpo maciço ou compostos por braços. As polias também seguem os mesmos detalhes e devem ser representadas seguindo os procedimentos da Norma 10067.

Primeiro, vamos comparar duas polias, uma maciça e outra com braços (figura 01).

Figura 03 - Omissão do corte no braço da polia.
Ao executar os cortes, as suas representações serão semelhantes, gerando assim erros de interpretações na leitura da informação. Observe que nas figuras em corte, as partes com hachuras são idênticas. Mas de que forma podemos evitar esse tipo de situação?

Seguindo os padrões da Norma NBR10.067, podemos diferenciar as representações das polias aplicando a omissão do corte, evitando o erro de interpretação na leitura da estrutura da peça. Observe como é representado o corte aplicando os padrões da norma na figura 03.

Figura 04 - Engrenagem e seus elementos.
Para a representação do objeto engrenagem e seus elementos (figura 04), devemos seguir a mesma norma NBR10.067. Os elementos, dentes e braços foram representados sem a área hachurada (figura 05).

Porém, quando os objetos de apoio possuem reforços tipo nervuras, devemos aplicar procedimentos específicos, conforme as condições apresentadas a seguir:


Figura 05 - Representação de engrenagem
e seus elementos
A norma NBR 10.067 contempla também como os objetos que apresentam a combinação dos elementos nervura e orelha devem ser representados. 

As técnicas do desenho técnico são aplicadas para representar os objetos de forma simples, prática e com o maior número de informações possíveis.

Figura 06 - Nervura sem omissão de corte.
 A omissão de corte é um recurso utilizado para garantir a leitura de peça especiais quando representada em corte. É representada pela ausência de hachuras e é usada para destacar certos detalhes em corte como: nervuras, braços, orelhas, dentes de engrenagem.

O corte foi imaginado vendo-se a peça de frente. A nervura foi atingida pelo corte no sentido longitudinal sentido longitudinal. Na sentido longitudinal vista frontal, a nervura está representada na figura 07 com omissão de corte.
Abaixo da vista frontal vem o nome do corte: Corte AA. O Corte AA local por onde passa o plano de corte vem indicado na vista superior, pela linha traço e ponto estreita, com traços largos nas extremidades. As setas apontam a direção em que foi imaginado o corte. As letras, ao lado das setas, identificam o corte.
Figura 07 - Nervura com omissão de corte.
Atenção para uma informação importante: a nervura só é representada com omissão de corte quando é atingida pelo corte longitudinalmente.

Apenas alguns elementos devem ser representados com omissão de corte, quando secionados longitudinalmente. Esses elementos são indicados pela ABNT (NBR 10.067/1987).

Dentre os elementos que devem ser representados com omissão de corte você estudará, nesta aula: nervuras, orelhas, braços de polias, dentes e braços de engrenagens. de engrenagens.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

terça-feira, 10 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.1 - Cortes de seção

CORTES DE SEÇÃO
Quando temos que representar peças longas ou com detalhes internos, utilizamos os cortes de seção. Esta técnica de representação facilita a interpretação dos desenhos de forma rápida e simples. 
Mas como aplicar esta técnica? Sua aplicação segue os mesmos padrões dos cortes, que faz uso de um plano imaginário que intercepta os objetos, expondo seus detalhes internos. Sendo que nos cortes das seções os detalhes expostos ficam limitados às áreas maciças cortadas, suprimindo as demais informações. 
Veja como são aplicados os cortes das seções. Mas, antes, vamos entender as diferenças entre corte e corte de seção. Observe que foram mostrados todos os detalhes na representação do corte, até as áreas não interceptadas pelo plano de corte.
Já na representação do corte em seção, os detalhes não interceptados são suprimidos. Para a técnica de corte de seção, o foco de interesse é somente a área atingida pelo plano de corte.
Esta técnica também é usada para cortes de objetos longos, mostrando as áreas de interesse, como pode ser visto na próxima figura.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 9 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09 - Representação em corte

Podemos utilizar os recursos da representação da peça em corte para facilitar o entendimento e produção dos objetos nas diversas áreas de estudo.
Na área de mecânica, este recurso pode ser utilizado para analisar os detalhes internos de um equipamento.
Veja a representação de uma caixa de redução cortada fisicamente, pois podemos visualizar os componentes internos.


HACHURAS 
Os objetos, quando são representados pelos cortes, mostram os detalhes das seções interceptadas ou não pelos planos e essas representações dependem do material que os objetos são constituídos, pois para cada material, existe uma representação denominada como hachura.
A hachura utilizada para representar a textura da maioria dos materiais é composta por linhas estreitas inclinadas a 45º das linhas de contorno ou de simetria, conforme ABNT NBR 12298 de 1995 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico.
Observe, nas imagens seguintes, que de acordo com os materiais, podemos utilizar outros modelos de hachuras nos desenhos técnicos mecânicos, conforme classificações da ANSI (American National Standards Institute).
Quando aplicamos o corte físico, temos acesso aos detalhes internos e podemos ver e analisar todos os componentes da caixa de redução. Mas se fizermos isso, iremos danificar o equipamento e, para que isso não ocorra, podemos utilizar os recursos da representação gráfica, ou seja, utilizar as técnicas de desenho técnico mecânico e procedimentos que seguem normas e regras.
Devemos nos familiarizar com os recursos de corte disponibilizados pelo desenho técnico mecânico. Aplicando estas técnicas, podemos representar todos os detalhes dos objetos, sejam simples ou complexos, sem cortar fisicamente os objetos.
Para aplicar os recursos de corte, temos primeiro que conhecer o que é um plano. Em desenho técnico, um plano é um conjunto de retas dispostas de forma infinita. Um plano possui somente duas dimensões (comprimento e largura). Devemos conhecer também outros elementos de desenho, importantes para a representação dos cortes.

CORTE TOTAL
Figura 04 - Corte total
Imagine um plano como uma folha bem fina, passando por um objeto de uma extremidade a outra, separando e expondo a área interna. Nesse caso, temos uma representação de corte total ou pleno do objeto, conforme pode ser visto nas imagens acima.
A seção cortada é representada por uma linha, constituída de traços largos e pontos e setas que indicam a direção do corte, acompanhada de duas letras maiúsculas do alfabeto. Veja, na figura seguinte, a representação correta da linha de corte e a seção com hachura. O corte total pode ser classificado em longitudinal, transversal e horizontal.

Figura 05 - Corte longitudinal.
Corte longitudinal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, ao longo do comprimento.

Corte transversal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, ao longo da seção transversal.

Corte horizontal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, na direção horizontal.
Figura 06 - Corte transversal.

Em estruturas metálicas, podem ser utilizados vários tipos de perfis, entre eles perfil U, perfil T, perfil L (cantoneira), perfil I, entre outros. No desenho de um conjunto formado por esses perfis, para especificar o perfil e quais as medidas, podemos utilizar o recurso de corte de seção.

Figura 07 - Corte horizontal.
A seção de corte é representada através da linha que chamamos de traço ponto idêntica que representa a simetria de um desenho técnico, apenas com a diferença de conter nas extremidades traços mais longos que os demais.

Na representação de corte devemos ao final desta linha de partição identificar o corte por letras maiúsculas do nosso alfabeto, não devemos repetir a mesma letra de identificação em um mesmo desenho e com o ponto de vista para o corte representado por setas que mostram o seu sentido. E não há problema se por uma necessidade a linha de seção coincidir com a linha de simetria.

OUTROS TIPOS DE CORTE
Figura 08 - Meio corte.
Caso o objeto apresente simetria, ou seja, suas extremidades sejam iguais, no corte, uma parte do objeto não é representada em detalhe. Podemos utilizar a representação em corte de 1/4 do objeto, assim, teremos uma representação de meio corte.

Quando a peça a ser representada não é simétrica, o plano de corte precisa desviar-se para captar a maior parte dos detalhes. Neste caso, a linha indicativa do corte é contínua e larga, tanto nos extremos, quanto nas mudanças de trajetórias. Neste caso, temos o corte em desvio, como podemos ver a seguir.
Figura 09 - Corte em desvio.

Se o objeto apresenta detalhes internos, podemos realizar uma representação de corte de uma pequena seção, onde existem os detalhes de interesse. Assim, se o corte for realizado em uma pequena parte do objeto, teremos o corte parcial.

Como pôde ser observado, diferente dos demais cortes, o limite do corte parcial pode ser representado através da linha contínua à mão livre.
Figura 10 - Corte parcial.
Elementos tais como: eixos, pinos, parafusos, porcas, dentes de engrenagem, chavetas, rebites e nervuras, quando seus eixos longitudinais estiverem no plano de corte, não serão cortados, portanto, não serão hachurados.
Nas vistas em corte não se deve colocar linhas tracejadas. As arestas invisíveis que estão situadas além do plano de corte só devem ser representadas se forem necessárias à compreensão da peça.
A disposição das vistas em corte deve seguir a mesma disposição das vistas principais.

Nesta unidade de estudo foi possível perceber como é importante para o técnico em mecânica ter o conhecimento do emprego dos elementos básicos e essenciais, utilizados em representações em corte.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quinta-feira, 5 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 08.3 - Cotas de estados da superfície

Normalmente, a indicação em um desenho técnico é feita de maneira geral e vem após o número de identificação da peça no desenho.
Nos casos em que mais de uma superfície necessita de diferentes tipos de acabamento, a indicação geral deve abordar a situação e no contorno que representa a determinada superfície, deve conter a simbologia com sua devida indicação.
Observe como neste primeiro caso o desenho pode sugerir a fabricação ou cotação da peça 1. A indicação de acabamento determina que a peça deve ser obtida pelo processo de fundição e não deve passar por outro processo posteriormente.

Neste segundo caso, vamos imaginar que este é um desenho para o produto final de uma empresa metalúrgica. Esta empresa comprou a peça fundida para finalizar com recursos próprios até o produto encomendado.

Perceba que agora o acabamento geral informa que o material não deve ser removido, a não ser onde for especificado. E vemos que as superfícies indicadas são as que deverão ficar afastadas entre si, com dimensão igual a 44 mm.

A Rugosidade é um aspecto muito importante no universo da metalmecânica. Ela se classifica na característica de algo que pode mais liso ou mais áspero. São diversas as aplicações dos parâmetros de rugosidade, de acordo com a finalidade que se espera daquela superfície, como exemplo, podemos citar as tampas de garrafas de refrigerante que necessitam ter aderência para facilitar a abertura da garrafa. Portanto, esta superfície necessita tem uma maior rugosidade.

O instrumento que realiza a medição de forma digital das rugosidades é o rugosímetro. Este, por sua vez, pode informar a rugosidade de uma superfície através de diversos parâmetros, sendo que os parâmetros mais comumente utilizados são o Ra e o Rz. Ra é o parâmetro que informa o valor obtido pela média aritmética das ordenadas do perfil da medição, enquanto Rz é o parâmetro que informa o valor obtido na soma do pico mais alto e o vale ou depressão mais profunda da medição. Ambos, Ra e Rz têm seus valores expressos em escala micrométrica.

Há a seguir uma base de morsa que pode ser baixado em: 22_04_01 Base de morsa.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 17/04/2022

quarta-feira, 4 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 08.2 - Cotas de tolerâncias geométricas

Os mecanismos são compostos por peças que têm como uma das principais características sua forma geométrica. As peças, muitas vezes, trabalham em conjunto com outras e, em muitos casos, elas devem ter a mesma forma geométrica.
As peças são fabricadas na indústria com precisão, pois para garantir a intercambiabilidade ou a funcionalidade de um mecanismo, são exigidos processos especiais de fabricação e de medição. Imagine, por exemplo, que um eixo redondo que vai trabalhar deslizando em uma bucha fique com a geometria um pouco ovalizada. Isso poderá causar dificuldades na montagem e irregularidades durante o deslizamento, fazendo com que o resultado esperado no funcionamento não seja atingido.

TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA
Um desenho técnico é representado da forma mais correta possível, entretanto, quando a peça desenhada passa pelos processos de fabricação, além dos desvios dimensionais, pode haver alguns desvios geométricos.  Por isso, para minimizar os erros, podemos sinalizar o desenho com os desvios admissíveis para determinadas características, estabelecendo uma tolerância geométrica. Além do valor da tolerância, existe uma simbologia para especificar o tipo de tolerância para uma geometria.
se tipo de tolerância é aplicado na cota, através de seta indicativa diretamente na linha de chamada.
Também pode ser aplicada diretamente na linha de contorno que represente um perfil ou superfície do desenho, nos casos de elementos isolados.

De acordo com a ABNT ISO NBR 6409:1997 – Tolerâncias Geométricas, as tolerâncias de forma e posição devem ser indicadas quando necessárias, ou seja, para assegurar requisitos funcionais, intercambiabilidade e processos de manufatura.
Essa norma estabelece também a simbologia e a forma de apresentação para as tolerâncias geométricas. Veja o quadro com a simbologia, de acordo com a característica tolerada.
Nessa norma da ABNT vimos as classificações para agrupar as características toleradas em uma peça. Essas classificações são forma, orientação, posição e batimento.
Durante a produção de peças que trabalham com encaixes, podemos notar a dificuldade de precisão. Para a maioria dos casos, faz-se necessário o emprego de agrupar as características toleradas em uma peça. Podemos elencar as tolerâncias de forma, para planezas, circularidades, cilindricidades e retitude, por exemplo. Como também podemos chamar de tolerância de posição as tolerâncias que representam a concentricidade, a coaxilidade e a simetria, por exemplo.
As formas de linhas possuem três características que podem ser toleradas, sendo elas: Retitude, a Circularidade e o Perfil de uma Linha qualquer.
As tolerâncias de formas de linha possuem características peculiares. Uma delas é a retitude ou retilineidade de uma linha, que tem como símbolo um traço reto na horizontal. Esta característica indica a necessidade de uma linha ser reta, possibilitando definir uma tolerância, para isto, podemos exemplificar em uma reta com tolerância de um milímetro (1mm), isto significa que ela poderá ter deformações dentro de um campo de um milímetro e mesmo assim ser considerada uma reta. Esta deverá ser contida entre duas retas paralelas afastadas entre um milímetro.
As classificações para agrupar as características toleradas em uma peça podem tratar de diversos temas. Essas classificações são as de forma, orientação, posição e batimento.
Existem características de tolerâncias e uma delas é a planeza ou planicidade, que têm como símbolo um paralelogramo. Esta característica indica a necessidade de uma superfície ser plana, e possibilita uma definição de tolerância para isto. Podemos exemplificá-la sendo a superfície que existir entre dois planos paralelos distanciados de acordo com a tolerância exigida, ou seja, uma superfície é considerada plana se existir dentro de dois planos afastados em um milímetro se for esta a tolerância do desenho.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

terça-feira, 3 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 08.1 - Cotas de tolerâncias dimensionais

TOLERÂNCIAS
Na especificação de uma dimensão qualquer no desenho, estabelecemos o valor nominal dessa dimensão. É esse valor que se utiliza como base para fabricar e controlar esta dimensão qualquer.
Mas não conseguimos fabricar uma peça exatamente com as dimensões nominais, pois devido às anomalias do processo, como deformações de máquinas, erros de medição e falhas de operador, as medidas sempre terão uma diferença entre o valor nominal e o valor real. O valor real é aquele que obtemos através da medição da peça.
Então, é possível dizer que sempre vai existir um erro. Mas não podemos aceitar um erro, se ele interferir na aplicação final do produto. Então, temos que definir um valor tolerável, no qual uma determinada dimensão é aceitável dentro de um limite. Ou seja, se temos uma cota com 10 mm, deverá ser estabelecido um limite, pois não queremos aceitar se a peça sair com 5 mm ou 15 mm, por exemplo. Mas, se a mesma medida no desenho for 10,0 mm, entendemos que o seu valor pode variar no máximo entre 10,0 mm e 10,9 mm.
Agora, pense na situação de um conjunto mecânico que tem duas peças, uma com pino e outra com furo, montadas entre si. O furo nunca poderá ser menor que o pino para haver movimento entre eles.
Imagine que você esteja realizando a confecção de um desenho técnico quando se depara com a necessidade de ressaltar alguns detalhes nas medidas deste. Para definirmos no desenho técnico o quanto uma dimensão pode variar, usamos a tolerância dimensional. Esse tipo de tolerância é aplicado diretamente na cota, ao lado do valor nominal, indicando assim o quanto aquele valor pode variar. Essa indicação pode ser positiva ou negativa e é sinalizada quando o desvio pode ser aceito nas duas situações.
Quando confeccionamos um desenho, devemos nos atentar às cotas e aos elementos de cotagem.
Na especificação de uma dimensão qualquer no desenho, estabelecemos o valor nominal dessa dimensão. Será esse valor utilizado como base para fabricar a peça e controlar esta e outras dimensões do objeto.
Chamamos de medidas efetivas as medidas extraídas das peças após serem confeccionadas; as nominais são as medidas da representação gráfica do objeto.

TOLERÂNCIA DIMENSIONAL
Para definirmos no desenho técnico o quanto uma dimensão pode variar, usamos a tolerância dimensional. Esse tipo de tolerância é aplicado diretamente na cota, ao lado do valor nominal, indicando assim o quanto aquele valor pode variar.
Essa indicação pode ser positiva ou negativa e é sinalizada pelos sinais de mais (+), de menos (–), ou ainda mais ou menos (±), quando o desvio pode ser aceito nas duas situações.
Em um desenho técnico, as tolerâncias dimensionais são aplicadas de forma individual ou geral, para: dimensões lineares, raios e chanfros e dimensões angulares.
As tolerâncias podem ser aplicadas para controlar dimensões específicas em componentes mecânicos. Observe, na imagem a seguir, que existe um limite máximo e mínimo que evita que uma característica de uma peça fique fora da dimensão aceitável.
Existem algumas formas de se apresentar a tolerância dimensional na cotagem do desenho. Ela deve aparecer após o valor nominal da cota e pode ser: simétrica, por desvio ou por limite.
Imagine que você necessite confeccionar uma peça com precisão de ajuste. Este ajuste deverá ser garantido pelas tolerâncias representadas no desenho, se neste desenho a medida nominal da peça for 50 mm e como sabemos, as tolerâncias podem ser aplicadas para controlar dimensões específicas em componentes mecânicos.
Neste caso, o limite máximo e mínimo seriam aceitáveis em dois décimos, logo as médias aceitáveis seriam calculados adicionado-se o limite superior e subtrai-se o limite inferior da medida nominal da peça = 49,8 e 50,2 mm.

TOLERÂNCIA GERAL
As cotas que não apresentarem tolerâncias individuais vão automaticamente adotar a tolerância geral do desenho. Deve-se indicar essa tolerância ou a norma que a define, por exemplo: tolerância geral conforme a norma da ABNT NBR ISO 2768-1. Essa indicação, normalmente, aparece como observação no desenho ou como nota na legenda do desenho.
Ao se deparar com a necessidade de conferência em uma peça mecânica, você precisa realizar a conferência das medidas reais desta que foi fabricada em um torno mecânico, sabendo que é permissível existir algumas tolerâncias, você encontra uma medida destoante da tolerância geral do desenho. Você deve descartar esta peça, caso a medida em questão não possua uma tolerância individual, mas se em algum detalhe desta peça for permitida essa tolerância individual, a peça deve ser preservada.
Imagine que solicitaram a você usinar uma peça cilíndrica para trabalhar solidária a outra, digamos que encaixadas, como um eixo em um furo. Sabendo que este eixo necessita trabalhar com folga de 0,1mm, e que o furo tem uma tolerância de +0,1, é correto afirmar que as tolerâncias deste eixo sejam negativas, ou seja, abaixo da sua medida nominal, ou com tolerância da própria nominal. Se este eixo for usinado com qualquer tolerância acima da sua medida nominal, seu encaixe ficaria prejudicado, e sua tolerância de trabalho de 0,1mm não será alcançada.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 2 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 08 - Cotagem

COTAGEM
Tanto a representação gráfica, quanto o desenho técnico, seguem regras padronizadas que visam facilitar a leitura e a interpretação dos desenhos.
Para fabricar um objeto conforme seu desenho, devemos estar atentos para os requisitos básicos da representação gráfica, as regras de cotagem.

REGRAS DE COTAGEM
A NBR 10126, de 1987, determina que as regras de cotagem devem “caracterizar o desenho através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida”.
Na mecânica, os desenhos são cotados em milímetros e, por este motivo, não é preciso indicar a medida após as cotas. Caso haja necessidade de cotar em outra unidade de medida, ela deve ser indicada logo após o valor numérico da cota no desenho.

REPRESENTAÇÃO DAS COTAS
De acordo com a NBR 8402, de 1994, as cotas devem ser representadas de forma legível para facilitar a sua leitura e interpretação.
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado no mesmo desenho.

SÍMBOLOS E CONVENÇÕES
Para facilitar a interpretação das formas dos objetos no desenho, podemos utilizar os símbolos padronizados.
Agora, veja como estes símbolos são aplicados nas representações gráficas.
Como vimos, as localizações das cotas devem ser adaptadas para melhor aplicação e clareza de
leitura nos objetos cotados e, para facilitar a interpretação das formas dos objetos no desenho, podemos utilizar os símbolos padronizados. Mas se tratando de símbolos a letra R representa raio, enquanto que o símbolo R ESF representa raio esférico. Por fim, pode-se afirmar que o símbolo Ø ESF representa diâmetro esférico.

COTAGEM DE DETALHES
As localizações das cotas devem ser adaptadas para melhor aplicação e clareza de leitura nos objetos cotados. Vejamos alguns exemplos:

Na mecânica, os desenhos são cotados em milímetros e, por este motivo, não é preciso indicar a medida após as cotas. Caso haja necessidade de cotar em outra unidade de medida, ela deve ser indicada logo após o valor numérico da cota no desenho. Tratando-se de cotas, podemos afirmar que em um método de cotagem as cotas devem ser dispostas da esquerda para a direita e de baixo para cima, com a indicação das cotas podendo ou não serem feitas dentro do objeto cotado, o importante é manter a clareza das informações.

Como vimos neste objetivo de aprendizagem, quando existe a necessidade de confeccionar um desenho técnico de algum objeto ou máquina que seja de grande porte, ou pequeno demais para podermos salientar seus detalhes, devemos fazer o uso de representação de escalas.
Assim sendo, pode-se afirmar que na escala reduzida podemos apresentar o desenho de um vagão de trem, por exemplo, usando no desenho as medidas gráficas do objeto menores que as reais, então a escala 1:50 representaria um desenho cinquenta vezes menor que o objeto, já na escala 20:1 por sua vez, o objeto será representado vinte vezes maior que suas medidas.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020