segunda-feira, 13 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 14 - Símbolos básicos de soldagem

Tabela 01 - Símbolos básicos de soldagem
SÍMBOLOS BÁSICOS DE SOLDAGEM
Para unir peças, podemos usar parafusos, rebites, pregos e até mesmo cola, mas também podemos usar a soldagem.  Ela é muito utilizada porque, além de ser uma união definitiva entre as peças, quando bem realizada tende a deixar a região da solda tão resistente quanto o resto do material.
Dentre os processos de fabricação, um dos mais utilizados é o processo de soldagem. Simplificando, esse processo consiste na união de duas peças metálicas, pela adição de calor e fusão do material, seja ele material de base ou material de adição (eletrodo, vareta ou arame). Nos desenhos técnicos, para especificar qual processo de soldagem deve ser utilizado, e seus parâmetros, é utilizada a simbologia de soldagem.
Veja a seguir, na tabela, os símbolos básicos de soldagem e sua localização, de acordo com a norma AWS A2.4:2012. A sigla AWS significa American Welding Society, ou Sociedade Americana de Soldagem.
Para encontrar o símbolo mais adequado para utilização, devemos: primeiro, procurar na coluna “Solda” o tipo de solda que vamos empregar; depois, procurar na primeira linha “Localização” como será feita a solda. No cruzamento estará o símbolo a ser usado.
Os símbolos de soldagem podem conter várias informações sobre a solda: dimensões do cordão de solda e o tipo de solda que a ser utilizado.
A solda a ponto é representada por um círculo, já a solda em ângulo é representada por um triângulo.
Se o símbolo estiver do lado de cima da linha, o cordão de solda é depositado do lado oposto ao ponto de indicação da seta; se o símbolo estiver do lado de baixo da linha, o cordão de solda é depositado do mesmo lado ao ponto de indicação da seta. Se o símbolo estiver em cima e embaixo, o cordão de solda deve ser depositado em ambos os lados.
O símbolo de soldagem pode conter várias informações sobre a solda que ajudam muito os executores do trabalho.
Figura 01 - Soldas A, B e C.
Uma solda em ângulo, por exemplo, recebe como símbolo um triângulo. Se a seta aponta para o local da solda, esse triângulo vai na parte de baixo da linha de referência; se a seta aponta para o outro lado, o triângulo vai na parte de cima da linha. Se a solda é nos dois lados da peça, usa-se um triângulo abaixo e acima da linha. Na cauda do símbolo podemos colocar o processo de soldagem a ser usado.
Observe na figura 01 que no desenho A temos duas soldas ao longo do comprimento da peça. O desenho B nos mostra que as pernas da solda são diferentes: uma tem 10 mm (vertical) e a outra 15 mm (horizontal). Então, o símbolo a ser usado é o mostrado no desenho C. Note que, como se coloca solda nos dois lados da peça, o triângulo é duplo.
Figura 02 - Solda MIG
Agora veja outro exemplo na figura 02 onde se deve unir duas chapas com comprimento de 70 mm, usando um cordão de solda pelo processo MIG que terá 5 mm de largura, mas que, ao invés de se aplicar a toda a largura da peça, somente terá um comprimento de 40 mm. Na figura a seguir, o desenho superior mostra a região da solda. O desenho inferior mostra o símbolo adequado para esta situação.
O tipo de solda MIG é um processo em que o arco elétrico, é aplicado por meio de uma peça e um nome de alumínio ou liga de alumínio, que combina como funções de eletrodo e metal de adição, em uma atmosfera de gás inerte.
Figura 03 - Solda SMAW
Existem alguns processos de soldagem, dentre os quais os mais utilizados são: Eletrodo Revestido (SMAW), Soldagem por Arco Elétrico com Gás de Proteção (GMAW), mais conhecida como Soldagem MIG/MAG (Metal inert Gas/ Metal Active Gas) e TIG (Tungsten Inert Gas). Quando aplicamos uma simbologia de soldagem em um desenho, pode-se incluir também a informação de qual processo de soldagem deve ser utilizado.
Na figura 03, sobre a simbologia de soldagem abaixo pode-se afirmar que o processo de soldagem indicado é o Eletrodo Revestido e a largura do cordão de solda é 5 milímetros e o comprimento do cardão de solda é 50 milímetros.
 
Projeto de base para usinagem e solda está disponível em: 22_04_06 Base para usinagem e solda.
 
Para trabalhar bem com desenhos que tenham símbolos de solda, você deve ter em mãos a norma AWS e praticar bastante!

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

terça-feira, 7 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 13.1 - Vista explodida em blocos

Uma vista explodida, também chamada de perspectiva explodida, é um diagrama, imagem ou desenho técnico, que mostra uma relação ou sequência de montagem de diversas peças de um conjunto de algo manufaturado.

Mostram-se os componentes de um objeto ligeiramente separados por uma distância, ou suspensos no espaço circundante, no caso de um desenho tridimensional, sendo isso a vista explodida. O objeto é representado como se tivesse havido uma pequena “ explosão” controlada com suas partes como que emanando do centro do objeto. Essas partes do objeto ficam separadas por distância semelhantes de seus locais originais (depois da montagem).

A vista explodida é usada em catálogos de partes, montagem, manutenção e em outras instruções técnicas. As perspectivas explodidas de conjuntos servem também para atender àqueles que não têm o domínio da leitura das vistas ortográficas normais. Como norma, os componentes representados deverão ser dispostos segundo a ordem de montagem.

Note que neste caso, a vista explodida ocorre em blocos, ou subconjuntos. Isso permite que a distribuição das peças caiba no formato de papel, além disso, facilita a compreensão para quem visualiza esta perspectiva de montagem das peças.

O desenho da figura 01 representa a Vista Explodida do Subconjunto de um redutor. Esse desenho contém uma quantidade considerável de informações, por exemplo, sequência de montagem, quantidade de cada tipo de peça e descrição. Pode-se observar, pela sequência da montagem, que no Eixo da Transmissão (Peça nº 32) vai montada uma chaveta DIN 6885-A 4 x 4 x 12,  em uma das extremidades desse eixo vai montado o espaçador (Peça nº 62), e na outra a engrenagem do eixo engrena com a cremalheira (Peça nº 23) dentro da guia da cremalheira (Peça nº 24). 

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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 13 - Vista explodida

Para fabricação de itens com muitos componentes, é comum que os fabricantes estabeleçam procedimentos, métodos e dispositivos para facilitar a etapa de montagem, mas é essencial, nesta etapa, o uso de um desenho técnico de montagem, em vista explodida. 

VISTA EXPLODIDA
Existem vários tipos de desenhos de conjuntos, mas o que melhor mostra a montagem de um conjunto de peças ou componentes é a vista explodida, também conhecida como perspectiva explodida. 

Neste tipo de representação, as peças são mostradas de forma tridimensional e posicionadas na forma de montagem. Este tipo de vista é empregado em catálogos de máquinas, para montagem de equipamentos, para manutenção e outros tipos de instruções técnicas. 

Na figura 02, de uma vista explodida, é possível notar que se movimentarmos as peças segundo o eixo indicado, teremos a montagem do cilindro. Aliás, esta é a ideia deste tipo de vista: mostrar como as peças se encaixam e sua ordem. Em conjuntos mais simples como este, todas as peças são alinhadas na mesma direção.

Em conjuntos mais complexos, são necessários vários eixos em diferentes direções, como pode ser visto na figura a seguir, de uma rebitadeira manual. 

Observe, na figura 03 que o conjunto das peças 10, 11 e 12 vai ser montado no alto da peça 9. E as peças 19 e 20 são montadas na mesma peça 9, mas em um ponto mais abaixo.

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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 12.4 - Peças em movimento em desenhos de conjuntos mecânicos

PEÇAS COM MOVIMENTO
Esse é um outro ponto importante no desenho de conjuntos. Por exemplo, o curso de um cilindro pneumático, cujos limites precisam ser mostrados. 
Neste caso, representa-se a haste do cilindro em sua posição inicial e na mesma vista representa-se, com linhas tracejadas (traço e dois pontos), a haste em sua posição final.

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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 12.3 - Hachuras em desenhos de conjuntos mecânicos

HACHURAS
Para representar duas peças juntas em corte, que tem a mesma hachura, o ângulo de uma delas deve ser invertido. 
Se houver 3 peças ou mais em corte, além da inversão do angulo da hachura, devemos mudar o espaçamento das hachuras de forma a deixar claro que as peças são diferentes. Veja o exemplo da figura 01.
Ainda falando de peças em corte, podemos distinguir dois tipos de corte: o corte total e o corte parcial.
Em um desenho de conjunto, um corte parcial, geralmente, mostra detalhes de uma montagem, como mostra a figura a seguir.
Também é possível observar na figura que os elementos de máquinas não recebem hachuras. Ou seja, não são representados em corte como no caso do parafuso e da chaveta mostrados. Veja o exemplo da figura 02.

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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Desenho Técnico - Aula 12.2 - Cotas e ajustes em desenhos de conjuntos mecânicos

COTAS
Desenhos de conjunto não necessitam da cotagem detalhada. Podem ser necessárias as cotas referentes a montagens, dimensões máximas ou mesmo as que são importantes para se entender o posicionamento relativo dos componentes. 

AJUSTE
Montagens de peças envolvem tolerâncias e ajustes. Essas tolerâncias são especificadas no projeto de cada peça. Eventualmente, pode ser necessário representar uma tolerância em um desenho de conjunto.
Uma montagem de um eixo com uma bucha, por exemplo, pode ser representada da maneira mostrada a seguir, no desenho de conjunto, para indicar a medida e a tolerância: As informações representadas na cota são referentes ao diâmetro e aos afastamentos aceitáveis ao projeto.

Note que se coloca a medida nominal, mais as tolerâncias para o furo e para o eixo, respectivamente, conforme norma NBR 6158 – Sistemas de Tolerâncias e Ajustes. Esta representação é simples e eficaz, e ajuda o técnico que executará a montagem a entender as condições do ajuste entre uma peça e outra. 

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terça-feira, 31 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 12.1 - Listas e legenda em desenhos de conjuntos mecânicos

LISTAS E LEGENDA
Na legenda do desenho, deve conter em algum campo a informação de que se trata de um desenho de conjunto. 
Também é necessária uma lista de peças que contenha um número que identifique cada peça, ou item. Assim como, a descrição, a quantidade, o material e, se for possível, as dimensões da matéria-prima e o peso.
Em algumas situações, para se ter maior controle das alterações, pode-se utilizar uma lista de revisões, que deverá ser atualizada a cada revisão contendo as informações do que foi alterado.

Os desenhos de conjunto mecânico contêm informações que são referentes à montagem, por exemplo: a forma de montagem entre as diversas peças; a posição que elas ocupam no mecanismo; dimensões entre uma peça e outra e os os elementos de máquina, como rolamentos e parafusos, e a identificação de cada item.
Na na legenda do desenho, deve conter em algum campo a informação de que se trata de um desenho de conjunto. Também é necessária uma lista de peças que contenha um número que identifique cada peça, ou item. Assim como, a descrição, a quantidade, o material e, se for possível, as dimensões da matéria-prima e o peso. Além disso, as informações mostram todas as peças, tanto internamente como externamente, usando corte e detalhes quanto forem necessários. 

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segunda-feira, 30 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 12 - Desenho de conjuntos mecânicos

DESENHOS DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Figura 01 - Detalhes do eixo.
Na mecânica, os equipamentos, ferramentas, dispositivos e maquinários do dia a dia, em sua maior parte, também são conjuntos. Para fabricar cada componente de um conjunto, é necessário especificar cada um representando suas características por meio de desenho técnico.
Para realizar o desenho de um conjunto mecânico, é necessária uma boa compreensão de todos os elementos que o compõem.

No desenho da figura 01, é possível ver o detalhamento de um eixo, onde constam informações como: características geométricas, dimensões, tolerâncias dimensionais e geométricas e acabamento superficial.

Já no desenho da figura 02, vemos a representação da montagem do dispositivo, onde o eixo será montado e, além dele, são representados diversos componentes, como: porcas, parafusos, rolamentos e outras peças.
Figura 02 - Conjunto mecânico.

No entanto, essas informações são referentes à montagem, como por exemplo:

  • A forma de montagem entre as diversas peças;
  • A posição que elas ocupam no mecanismo;
  • Dimensões entre uma peça e outra;
  • Os elementos de máquina, como rolamentos e parafusos, e a identificação de cada item. 


Além disso, as informações mostram todas as peças, tanto internamente como externamente, usando cortes e detalhes quanto forem necessários.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quinta-feira, 26 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.3 - Detalhe ampliado



A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo.
Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.
DETALHE AMPLIADO 
Quando existe a necessidade de detalhar uma região do desenho que é muito pequena para a escala atual do desenho, podemos usar o recurso de ampliação. 
Na região onde queremos ampliar, fazemos um círculo e tudo o que estiver dentro do círculo pode ser desenhado em outro lugar em escala ampliada, viabilizando o detalhamento da peça. 
É importante haver uma identificação, normalmente uma letra maiúscula, tanto na região destacada, como nesta vista de detalhe ampliado. No detalhe ampliado deve ser inserida a escala.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quarta-feira, 25 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.2 - Vistas auxiliares

A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo. Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.

VISTAS AUXILIARES
Quando temos em uma peça, detalhes que não são bem representados em nenhuma das vistas convencionais, utilizamos o recurso das vistas auxiliares, que é uma vista feita no plano do detalhe da peça para melhor demonstrá-lo. 
Nesta peça que tem um formato oblíquo, a representação do detalhe da peça nas projeções ortogonais normais não ficaria clara, pois parte da peça iria se sobrepor a outras partes da peça.  Observe uma sugestão de vista auxiliar, para melhorar o detalhamento desta peça na figura 01. Com a projeção de um plano auxiliar, o detalhe que se faz necessário pode ser visto de forma simples. Nessa vista auxiliar o detalhe da peça não aparece totalmente pois na norma NBR 10067/1995, no tópico 4.6.2 Vistas Auxiliar, deixa bem claro que a vista do plano auxiliar pode ser representada de forma parcial para melhorar a interpretação.

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terça-feira, 24 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11.1 - Supressão de vistas


Em uma peça pode haver tantos detalhes, que um desenho apenas com a vista frontal não seria suficiente para mostrar e possibilitar a fabricação da peça por completo, a exemplo da bomba que vemos na imagem. Observe que somente uma vista não é o suficiente para representar todos os seus detalhes.
Então, muitas vezes são necessárias muitas vistas e um desenho em formato muito grande, para que todas as vistas com detalhes e informações da peça sejam transmitidas.
Quando vamos criar um desenho mecânico, o mais importante é que as informações estejam claras e objetivas e que a pessoa que vai usar o desenho para fabricar, ou consultar, encontre todas as informações de forma prática. 
Normalmente, a vista mais importante de uma peça é usada como vista frontal ou principal no desenho técnico. Ela quase sempre é a que possui maior superfície ou a que representa a peça em sua posição de utilização. Também é bastante comum empregar as vistas superior e lateral esquerda para representarem todas as características de uma peça.
Para dar suporte e regulamentar a elaboração de desenhos técnicos, existem normas que definem regras para que as informações sejam confeccionadas com clareza.  
A norma ABNT NBR 10067/1995 trata dos princípios gerais de representação em desenho técnico, e traz no tópico 4.4.2 Outras Vistas, a informação de que devemos usar o mínimo de vistas possíveis, para representar algo.
Vamos acompanhar, com base nessa norma, como realizar representações em projeções ortogonais utilizando supressão de vistas, vistas auxiliares e desenho ampliado.

SUPRESSÃO DE VISTAS
Supressão de vistas pode ocorrer quando uma vista está repetida devido à simetria, como ocorre, por exemplo, em peças cilíndricas ou quando a vista não é necessária para a compreensão do desenho técnico.
Observe uma peça em perspectiva isométrica. 
Agora, observe essa peça representada com as vistas para atender à norma NBR 10067/1995, devemos suprimir algumas vistas. A norma sugere que as vistas com linhas tracejadas devem ser evitadas. Desta forma, observe que todas elas foram retiradas do desenho seguinte:
Nesta mesma norma, no tópico 4.6.1 Vista Fora de Posição, é apresentada a possibilidade de alterar o posicionamento das projeções para melhorar a apresentação do desenho. Para isso, basta identificar com uma seta a vista que teve sua posição modificada. Veja a seguir como ficou a representação desta peça.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 23 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 11 - Projeção ortogonal e construção de vistas

Figura 01 - Simbolo para projeção no primeiro diedro.
A representação de peças em perspectiva nem sempre é suficientemente clara em todos os detalhes para a fabricação do objeto. Nesses casos então tem que ser representada de forma diferente: “a Projeção Ortogonal”.
Existem quatro diedros. Eles são classificados como primeiro, segundo, terceiro e quarto diedro, sendo que cada um transmite projeções ortográficas de formas diferentes. A projeção no primeiro diedro é o mais comum no Brasil.
Um desenho em primeiro diedro deve especificar em sua legenda o símbolo adequado para esse método de projeção conforme figura 01.

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção.
Figura 02 - Projeções no primeiro diedro.
A projeção que aparece no plano 1 (Plano vertical de origem do 1º diedro) é sempre chamada de vista de frente. Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:

  • Plano 1 – Vista Frontal – mostra a projeção frontal do objeto.
  • Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.
  • Plano 3 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo.
  • Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.
  • Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.
  • Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

Figura 03 - Objeto e projeções
Normalmente, a vista mais importante de uma peça é usada como vista frontal ou principal no desenho técnico. Ela quase sempre é a que possui maior superfície ou a que representa a peça em sua posição de utilização. Também é bastante comum empregar as vistas superior e lateral esquerda para representarem todas as características de uma peça.

Na Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), os raios projetantes são perpendiculares ao plano de projeção e atingem o plano de projeção formando a projeção resultante.
Para a perfeita representação do objeto são normalmente utilizadas três vistas ortográfica, que geralmente garantem a representação do objeto, estas três vistas são denominadas: VF - Vista frontal, VLE - vista lateral esquerda e VS - vista superior.
Figura 04 - Projeçoes.
Como os raios projetantes, em relação ao plano de projeção, são paralelos e perpendiculares, a projeção resultante representa a forma e a verdadeira grandeza do retângulo projetado.
As arestas resultantes das interseções de superfícies são representadas por linhas. 
Como os sólidos são constituídos de várias superfícies, as projeções ortogonais são utilizadas para representar as formas tridimensionais através de figuras planas.
O objeto deve ser colocado de tal forma que sua vista principal passe a ser a vista frontal.

A figura 03 mostra um objeto suspenso no espaço cujas sombras são projetadas em três planos posicionados como se fosse o canto formado por duas paredes e o chão.
A figura 04 mostra a mesma projeção como se os planos fossem colocados um ao lado do outro.
Na projeção do 1º diedro, uma vista frontal fica no centro; uma vista superior fica abaixo da vista frontal; uma vista lateral esquerda fica à direita da vista frontal; uma vista lateral direita fica à esquerda da vista frontal; e vista inferior fica acima da vista frontal e vista posterior fica à direita da vista lateral esquerda.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/07/2015

segunda-feira, 16 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 10 - Perspectiva Isométrica

Figura 01 - Perspectiva isométrica e peça.
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo. As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois transmite a ideia de três dimensões: comprimento, largura e altura. O desenho, para transmitir essa mesma ideia, precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano, de maneira a transmitir a ideia de profundidade e relevo.
A perspectiva é um recurso gráfico usado também para representar, de forma tridimensional, cenas e objetos do dia a dia. Esta técnica consegue atribuir a um desenho características como volume e profundidade.
Quando utilizamos a perspectiva em desenho mecânico, o objetivo é fazer com que o observador entenda o modelo, para que tenha uma ideia mais próxima do objeto real. Veja as figuras a seguir e compare o desenho feito em perspectiva e a peça real ao seu lado na figura 01.
Ela pode ser feita de várias maneiras, com resultados diferentes, que se assemelham mais ou menos à visão humana.

Perspectiva isométrica é o processo de representação tridimensional em que objeto se situa num sistema de três eixos coordenados (X, Y, Z). Estes eixos, quando em perspectiva, fazem entre si ângulos de 120°.
Por razões práticas costuma-se utilizar, na construção das perspectivas, o prolongamento dos eixos X e Y a partir do ponto O, no sentido contrário, formando ângulos de 30° com a horizontal, enquanto o eixo Z (vertical) permanece inalterado.
Na perspectiva Isométrica existe proporcionalidade entre as partes do desenho, o que faz com que o grau de distorção visual seja menor.
Para auxiliar na elaboração de um desenho de uma vista isométrica, pode-se utilizar o papel reticulado com malha isométrica.
A malha isométrica é um artifício de desenho cuja finalidade é possibilitar a produção de rascunhos gráficos muito próximos da perspectiva isométrica precisa (feita com instrumentos).

Acompanhe a construção da perspectiva isométrica do seguinte objeto, feita passo a passo:
1 - Traçar os eixos isométricos com o uso dos instrumentos;
2 - Usar os eixos isométricos para marcação das dimensões gerais do objeto (comprimento, largura e altura);
3 - Por meio de retas paralelas aos eixos (traçadas com os esquadros apoiados na régua paralela) fechar volume do objeto;
4 - Usar os eixos isométricos para marcação das dimensões parciais do  objeto;
5 - Por meio de retas paralelas aos eixos completar o volume do objeto;
6 - Reforçar os traços que formam as arestas do objeto de forma que as linhas construtivas fiquem em segundo plano.
Assim, com a combinação e auxílio de instrumentos de desenho, como régua, esquadros e compasso, podemos representar os diversos tipos de objetos em perspectiva com muita facilidade. Confira de que forma assistindo ao vídeo acima.

Há diversas folhas de desenho com margem, legenda e linhas reticulada no tamanho A2, A3, e A4 para uso em aulas nos links: 10_03_01 Folha A4 com margem, legenda e reticulado22_03_01 Folha A4 com margem, legenda e linhas isométricas ; para utilização nas aulas de desenho de perspectiva isométrica.

© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 31/07/2015

quinta-feira, 12 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.3 - Representação de Ruptura

RUPTURA
Quando se tem peças de grandes dimensões, para melhor aproveitamento do espaço e tempo, pode-se fazer uma representação simplificada da peça empregando a ruptura, que consiste em criar uma “quebra” imaginária na peça e aproximar suas extremidades, mantendo suas dimensões em verdadeira grandeza, ou seja, as medidas se mantêm originais.
Esta técnica de representação de corte é chamada de ruptura. Veja alguns exemplos:

Para elaborar os desenhos das peças de um conjunto de transmissão, é necessário fazer os desenhos das peças que não são comerciais, por exemplo, os eixos. Um recurso que pode ser utilizado para representar eixos longos é a omissão de corte. O recurso para representar eixos longos é a ruptura.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quarta-feira, 11 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.2 - Omissão de corte

OMISSÃO DE CORTE
Figura 01 - Polia maciça e com braço.
Alguns objetos, ao serem representados por desenho técnico, podem ter alguns dos seus detalhes suprimidos. Vamos ver alguns desses objetos e o porquê da omissão de corte.

As representações gráficas dos desenhos técnicos seguem normas específicas. Veja a seguir as condições específicas de omissão de corte estabelecidas pela norma: NBR10.067.

Figura 02 - Erro pois as polias ficaram
iguais, sem omissão de corte
As engrenagens são elementos de transmissão dotados de dentes e podem ter o corpo maciço ou compostos por braços. As polias também seguem os mesmos detalhes e devem ser representadas seguindo os procedimentos da Norma 10067.

Primeiro, vamos comparar duas polias, uma maciça e outra com braços (figura 01).

Figura 03 - Omissão do corte no braço da polia.
Ao executar os cortes, as suas representações serão semelhantes, gerando assim erros de interpretações na leitura da informação. Observe que nas figuras em corte, as partes com hachuras são idênticas. Mas de que forma podemos evitar esse tipo de situação?

Seguindo os padrões da Norma NBR10.067, podemos diferenciar as representações das polias aplicando a omissão do corte, evitando o erro de interpretação na leitura da estrutura da peça. Observe como é representado o corte aplicando os padrões da norma na figura 03.

Figura 04 - Engrenagem e seus elementos.
Para a representação do objeto engrenagem e seus elementos (figura 04), devemos seguir a mesma norma NBR10.067. Os elementos, dentes e braços foram representados sem a área hachurada (figura 05).

Porém, quando os objetos de apoio possuem reforços tipo nervuras, devemos aplicar procedimentos específicos, conforme as condições apresentadas a seguir:


Figura 05 - Representação de engrenagem
e seus elementos
A norma NBR 10.067 contempla também como os objetos que apresentam a combinação dos elementos nervura e orelha devem ser representados. 

As técnicas do desenho técnico são aplicadas para representar os objetos de forma simples, prática e com o maior número de informações possíveis.

Figura 06 - Nervura sem omissão de corte.
 A omissão de corte é um recurso utilizado para garantir a leitura de peça especiais quando representada em corte. É representada pela ausência de hachuras e é usada para destacar certos detalhes em corte como: nervuras, braços, orelhas, dentes de engrenagem.

O corte foi imaginado vendo-se a peça de frente. A nervura foi atingida pelo corte no sentido longitudinal sentido longitudinal. Na sentido longitudinal vista frontal, a nervura está representada na figura 07 com omissão de corte.
Abaixo da vista frontal vem o nome do corte: Corte AA. O Corte AA local por onde passa o plano de corte vem indicado na vista superior, pela linha traço e ponto estreita, com traços largos nas extremidades. As setas apontam a direção em que foi imaginado o corte. As letras, ao lado das setas, identificam o corte.
Figura 07 - Nervura com omissão de corte.
Atenção para uma informação importante: a nervura só é representada com omissão de corte quando é atingida pelo corte longitudinalmente.

Apenas alguns elementos devem ser representados com omissão de corte, quando secionados longitudinalmente. Esses elementos são indicados pela ABNT (NBR 10.067/1987).

Dentre os elementos que devem ser representados com omissão de corte você estudará, nesta aula: nervuras, orelhas, braços de polias, dentes e braços de engrenagens. de engrenagens.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

terça-feira, 10 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09.1 - Cortes de seção

CORTES DE SEÇÃO
Quando temos que representar peças longas ou com detalhes internos, utilizamos os cortes de seção. Esta técnica de representação facilita a interpretação dos desenhos de forma rápida e simples. 
Mas como aplicar esta técnica? Sua aplicação segue os mesmos padrões dos cortes, que faz uso de um plano imaginário que intercepta os objetos, expondo seus detalhes internos. Sendo que nos cortes das seções os detalhes expostos ficam limitados às áreas maciças cortadas, suprimindo as demais informações. 
Veja como são aplicados os cortes das seções. Mas, antes, vamos entender as diferenças entre corte e corte de seção. Observe que foram mostrados todos os detalhes na representação do corte, até as áreas não interceptadas pelo plano de corte.
Já na representação do corte em seção, os detalhes não interceptados são suprimidos. Para a técnica de corte de seção, o foco de interesse é somente a área atingida pelo plano de corte.
Esta técnica também é usada para cortes de objetos longos, mostrando as áreas de interesse, como pode ser visto na próxima figura.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

segunda-feira, 9 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 09 - Representação em corte

Podemos utilizar os recursos da representação da peça em corte para facilitar o entendimento e produção dos objetos nas diversas áreas de estudo.
Na área de mecânica, este recurso pode ser utilizado para analisar os detalhes internos de um equipamento.
Veja a representação de uma caixa de redução cortada fisicamente, pois podemos visualizar os componentes internos.


HACHURAS 
Os objetos, quando são representados pelos cortes, mostram os detalhes das seções interceptadas ou não pelos planos e essas representações dependem do material que os objetos são constituídos, pois para cada material, existe uma representação denominada como hachura.
A hachura utilizada para representar a textura da maioria dos materiais é composta por linhas estreitas inclinadas a 45º das linhas de contorno ou de simetria, conforme ABNT NBR 12298 de 1995 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico.
Observe, nas imagens seguintes, que de acordo com os materiais, podemos utilizar outros modelos de hachuras nos desenhos técnicos mecânicos, conforme classificações da ANSI (American National Standards Institute).
Quando aplicamos o corte físico, temos acesso aos detalhes internos e podemos ver e analisar todos os componentes da caixa de redução. Mas se fizermos isso, iremos danificar o equipamento e, para que isso não ocorra, podemos utilizar os recursos da representação gráfica, ou seja, utilizar as técnicas de desenho técnico mecânico e procedimentos que seguem normas e regras.
Devemos nos familiarizar com os recursos de corte disponibilizados pelo desenho técnico mecânico. Aplicando estas técnicas, podemos representar todos os detalhes dos objetos, sejam simples ou complexos, sem cortar fisicamente os objetos.
Para aplicar os recursos de corte, temos primeiro que conhecer o que é um plano. Em desenho técnico, um plano é um conjunto de retas dispostas de forma infinita. Um plano possui somente duas dimensões (comprimento e largura). Devemos conhecer também outros elementos de desenho, importantes para a representação dos cortes.

CORTE TOTAL
Figura 04 - Corte total
Imagine um plano como uma folha bem fina, passando por um objeto de uma extremidade a outra, separando e expondo a área interna. Nesse caso, temos uma representação de corte total ou pleno do objeto, conforme pode ser visto nas imagens acima.
A seção cortada é representada por uma linha, constituída de traços largos e pontos e setas que indicam a direção do corte, acompanhada de duas letras maiúsculas do alfabeto. Veja, na figura seguinte, a representação correta da linha de corte e a seção com hachura. O corte total pode ser classificado em longitudinal, transversal e horizontal.

Figura 05 - Corte longitudinal.
Corte longitudinal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, ao longo do comprimento.

Corte transversal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, ao longo da seção transversal.

Corte horizontal: é criado a partir da interceptação do objeto pelo plano imaginário, na direção horizontal.
Figura 06 - Corte transversal.

Em estruturas metálicas, podem ser utilizados vários tipos de perfis, entre eles perfil U, perfil T, perfil L (cantoneira), perfil I, entre outros. No desenho de um conjunto formado por esses perfis, para especificar o perfil e quais as medidas, podemos utilizar o recurso de corte de seção.

Figura 07 - Corte horizontal.
A seção de corte é representada através da linha que chamamos de traço ponto idêntica que representa a simetria de um desenho técnico, apenas com a diferença de conter nas extremidades traços mais longos que os demais.

Na representação de corte devemos ao final desta linha de partição identificar o corte por letras maiúsculas do nosso alfabeto, não devemos repetir a mesma letra de identificação em um mesmo desenho e com o ponto de vista para o corte representado por setas que mostram o seu sentido. E não há problema se por uma necessidade a linha de seção coincidir com a linha de simetria.

OUTROS TIPOS DE CORTE
Figura 08 - Meio corte.
Caso o objeto apresente simetria, ou seja, suas extremidades sejam iguais, no corte, uma parte do objeto não é representada em detalhe. Podemos utilizar a representação em corte de 1/4 do objeto, assim, teremos uma representação de meio corte.

Quando a peça a ser representada não é simétrica, o plano de corte precisa desviar-se para captar a maior parte dos detalhes. Neste caso, a linha indicativa do corte é contínua e larga, tanto nos extremos, quanto nas mudanças de trajetórias. Neste caso, temos o corte em desvio, como podemos ver a seguir.
Figura 09 - Corte em desvio.

Se o objeto apresenta detalhes internos, podemos realizar uma representação de corte de uma pequena seção, onde existem os detalhes de interesse. Assim, se o corte for realizado em uma pequena parte do objeto, teremos o corte parcial.

Como pôde ser observado, diferente dos demais cortes, o limite do corte parcial pode ser representado através da linha contínua à mão livre.
Figura 10 - Corte parcial.
Elementos tais como: eixos, pinos, parafusos, porcas, dentes de engrenagem, chavetas, rebites e nervuras, quando seus eixos longitudinais estiverem no plano de corte, não serão cortados, portanto, não serão hachurados.
Nas vistas em corte não se deve colocar linhas tracejadas. As arestas invisíveis que estão situadas além do plano de corte só devem ser representadas se forem necessárias à compreensão da peça.
A disposição das vistas em corte deve seguir a mesma disposição das vistas principais.

Nesta unidade de estudo foi possível perceber como é importante para o técnico em mecânica ter o conhecimento do emprego dos elementos básicos e essenciais, utilizados em representações em corte.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 22/02/2020

quinta-feira, 5 de março de 2020

Desenho Técnico - Aula 08.3 - Cotas de estados da superfície

Normalmente, a indicação em um desenho técnico é feita de maneira geral e vem após o número de identificação da peça no desenho.
Nos casos em que mais de uma superfície necessita de diferentes tipos de acabamento, a indicação geral deve abordar a situação e no contorno que representa a determinada superfície, deve conter a simbologia com sua devida indicação.
Observe como neste primeiro caso o desenho pode sugerir a fabricação ou cotação da peça 1. A indicação de acabamento determina que a peça deve ser obtida pelo processo de fundição e não deve passar por outro processo posteriormente.

Neste segundo caso, vamos imaginar que este é um desenho para o produto final de uma empresa metalúrgica. Esta empresa comprou a peça fundida para finalizar com recursos próprios até o produto encomendado.

Perceba que agora o acabamento geral informa que o material não deve ser removido, a não ser onde for especificado. E vemos que as superfícies indicadas são as que deverão ficar afastadas entre si, com dimensão igual a 44 mm.

A Rugosidade é um aspecto muito importante no universo da metalmecânica. Ela se classifica na característica de algo que pode mais liso ou mais áspero. São diversas as aplicações dos parâmetros de rugosidade, de acordo com a finalidade que se espera daquela superfície, como exemplo, podemos citar as tampas de garrafas de refrigerante que necessitam ter aderência para facilitar a abertura da garrafa. Portanto, esta superfície necessita tem uma maior rugosidade.

O instrumento que realiza a medição de forma digital das rugosidades é o rugosímetro. Este, por sua vez, pode informar a rugosidade de uma superfície através de diversos parâmetros, sendo que os parâmetros mais comumente utilizados são o Ra e o Rz. Ra é o parâmetro que informa o valor obtido pela média aritmética das ordenadas do perfil da medição, enquanto Rz é o parâmetro que informa o valor obtido na soma do pico mais alto e o vale ou depressão mais profunda da medição. Ambos, Ra e Rz têm seus valores expressos em escala micrométrica.

Há a seguir uma base de morsa que pode ser baixado em: 22_04_01 Base de morsa.

© Direitos de autor. 2020: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 17/04/2022